Rascunho



Foi a decisão mais difícil que eu tomei. Olho as malas prontas, as paredes amarelas e choro. Foram vinte e três anos levando bronca por riscar estas paredes. Paredes que eu não irei mais riscar;

Eu estou indo embora.

Eu estou indo embora.

Repito em voz alta e nunca parece que sou eu quem está dizendo que irá partir. Sem pátria e sem lar. Quero só saber o que resta de mim para que eu possa deixar aqui antes de ir… não tenho mais nada.

Estou indo embora.

xxx

Hoje faz um mês que ele saiu da minha vida. Na verdade faz um mês que ele me expulsou da vida dele. Não fui atrás, não sou dessas que insistem em quem quis ir embora por vontade própria. Mas se ele quiser voltar, a casa é dele.




xxx
Estou indo embora,


talvez você só me encontre por aqui agora, mudei meu email, meu telefone, meu endereço… não estou fugindo. Estou sumindo. Afinal, eu não estava somando mesmo.




xxx

Eu penso na sua mãe, e me magoo profundamente. Eu sinto falta de todos, sabia? Sinto falta da sua mãe e da minha, sinto falta de tanta coisa. Eu deveria parar de focar em mim e em meus sentimentos, certo? Pelo menos até eu descobrir o que realmente sinto.

Espero que tudo dê certo.

xxx

Estou cansada físicamente, psicologicamente e sentimentalmente. Meus planos de me afundar nos estudos não estão dando certo. Não estou conseguindo me afundar nos estudos, nem consigo escrever.
 meu tumblr está começando a parecer um diário velho. 
Sinto falta da Isis, minha psicóloga. Não sei com proceder. Preciso de alguém que possa me ouvir, mas não tenho coragem de partilhar minha dor com mais ninguém. As pessoas com quem eu costumo me abrir não imaginam o valor das minhas palavras, do meu eufemismo. 
Estou largando tudo. Quero começar de novo, mas está tarde demais para recomeços.

Versos Rasgados de um amor unilateral



Rasguei todos os pensamentos

Despedaçada em cada pedaço de solidão

No meu coração restou apenas um vão

Nenhum milímetro sequer de sentimentos


Esqueci apenas de lhe dizer

O quão grave esse amor me feriu

Mesmo não sendo um homem vil

Me escarniu sem perceber



A física imperando o meu ser

seu olhar tão claro quanto alvorecer

tomou meu coração e partiu



Dois em quatro, quatro em seis

pedaços estes que jamais tereis

de um amor que tu jamais viu.

esse foi meu primeiro soneto e eu sei... está uma porcaria uahauhauhauah '

Fantasmas


Tentando me encaixar nesse mundo, esbarrando em outras peças tão desajustadas e perdidas quanto eu. Descritos como perdidos, sem direção, desgostosos do mundo, inúteis...  Alguém se importaria em classificar nossos corações partidos e mentes confusas?
Não seguimos uns aos outros, apenas vagamos por aí como essas palavras vadiaram pela sua mente até sair por uma porta que ela não entrou, e o sentido delas não existirá mais, assim como a coragem e confiança que um dia em nós habitou.
Ei fantasma, como é respirar e não existir? Como é amar e ao mesmo tempo não sentir? O amor nunca existiu. 

ANA



Olhou-se no espelho pela décima vez, e pela centésima escovou o cabelo, em vão, sem necessidade. A única coisa que conseguira foi fazer com que mais fios se espalhassem pelo chão. Sua pele pálida parecia refletir a luz do sol, fazendo-a parecer um pouco mais desgastada do que estava.

                Agasalhou-se como de costume, talvez um capuz a fizesse menos difícil de olhar. Ela sabia que era pela mudança de expressões que as pessoas faziam ao vê-la passar. Escondeu os locais das constantes invasões do scalp número 22. Tomou água devagar, embora seus lábios estivessem secos, até consumir aquilo era difícil pra ela, tão chato quanto uma tortura.

Oh Ana, sua própria companhia, de si mesma e de Maria, que diferente dela já se achava bonita. A Ana não, Ana de agora era um fantasma da Ana do passado, e antes de conhecer a Adria ( que ela chamava carinhosamente de ANA), a Ana era feliz e não sabia. Ela não se achava forte como Maria, mas o que ela não sabia é que Maria mentia, pra sim mesma. Mas era uma mentira tão bonita que até ela mesma acreditava.

                Ana rejeitou o café pela décima vez, para aumentar ainda mais a aflição da mãe, se a água era difícil imagina algo mais sólido, ela não podia, ela não queria. Ela só queria ser ela, a Ana alegre que era não tão antigamente, com o seu peso ideal, com seu cabelo decente, com os seus amigos, que nem eram tantos agora.

                Ana afastou todos, aquilo não era viver. E se pra ela, ela não vivia, não queria ninguém que pensasse ao contrário junto de si. E agora ela estava saindo de casa mais uma vez, para mais um dia de ANA, de Maria, e de Adria, sua nova amiga na Quimioterapia.

Francielly Macedo (aka Flor Fria)

100 fatos sobre mim


Fui desafiada por um amigo a listar fatos sobre mim. Querido John, eu te odeio <3, porque sinceramente entrei em conflito por quase não conseguir. Mas vamos lá:

1. Nasci no dia 29 de junho de 1992, às 8:00AM;
2. Sou estudante de bacharelado em Farmácia;
3. Sou a filha do meio, tenho um irmão mais velho e uma irmã mais nova;
4. Tenho aversão a apelidos carinhosos;
5. Sou kpopper desde 2008 e comecei a escrever fanfics em 2012;
6. Odeio cor-de-rosa;
7. Sou obcecada por mandalas, não me pergunte o porquê.
8. Sou canhota
9. Tenho 1,60m de altura, sou acima do peso e calço 38 :P
10. Minha estação favorita do ano é o inverno;
11. Dei meu primeiro beijo aos 14 anos ( e foi horrível);
12. Sou viciada em internet (ah vá, é mesmo?);
13. Sou uma destruidora de fones de ouvido;
14. Tenho uma playlist pra tudo;
15. Fui arrastada para o mundo das fanfics originais pelo Kelvin Korzempa;
16. Tenho complexo com meu peso e definitivamente não me acho bonita;
17. Minha mãe é professora de português, o que implica que nem sempre filho de peixe, peixinho é;
18. Desenho pra curar o tédio, e detesto quando alguém diz “Me desenha”, mas acabo desenhando porque me sinto culpada depois;
19. Sou muito chata, muito idiota, e converso muita besteira... mas só não é meu amigo quem não quer;
20. Devo ser a única pessoa nos dias atuais que ainda usa o ask.fm
21. Nunca sei quando estou sendo paquerada, quando um cara me olha já penso que tem sujeira no meu rosto;
22. Sou míope e não metida;
23. Minha risada é um misto de escandalosa, com um final asmático;
24. Meu cantor favorito é Chico Buarque;
25. Sou nordestina e não sei dançar forró, da mesma forma que sou brasileira e não sei sambar;
26. Gosto de cozinhar, mas isso não implica dizer que eu faça isso bem;
27. Vivo mandando áudio cantando para um amigo e se ele não me processou ainda é porque me ama 
28. Gosto de videogame, mas sou estupidamente noob! Meu jogo favorito? Eternamente Mortal Kombat
29. Tenho cicatrizes na cabeça, cuja origem é desconhecida;
30. Tenho um tumblr e até hoje não descobri a finalidade;
31. Nunca comi algodão doce e nem comida oriental;
32. Tenho 22 anos, cara de 18, e coluna de 90;
33. Sou alérgica a chocolate, mas não deixo de comer... afinal o que é uma urticária comparado ao prazer de uma barra de chocolate;
34. Sou adm da página Debuta eu KPOP
35. Não tenho lembranças da ultima vez que tomei uma injeção;
36. Nunca quebrei um osso sequer;
37. Já fui colocada de castigo por comer uma rapadura inteira sozinha ‘-‘;
38. Meu irmão me manda xingar os outros quando eu estou bêbada;
39. Sou um pouco alcoolatra, depressiva e bipolar;
40. Sou corinthiana, mas não tão fanática.
41. Gosto de esportes, mas não sou boa neles;
42. Meu cabelo é cacheado, já dei progressiva, mas depois de dois anos sem ele voltou ao normal;
43. Eu passo mal quando me sinto sob pressão;
44. Não sei tomar café quente;
45. Aprendi a andar de bicicleta aos 12 anos;
46. Odeio sopa;
47. Consigo passar de animação total a depressão sem fim em questão de segundos;
48. Meu ultimate bias é o Bang Yongguk, mas eu só tenho ciúmes do D.O.;
49. Aprendi a ler com 3 anos de idade;
50. Sou parda, o que explica minha boca grande apesar de eu ser “amarela.
51. Nunca passeei de roda-gigante, ou fui ao cinema, ou macDonalds - qq
52. tenho um imã para gente estranha... e às vezes eu gosto disso
53. tenho fortes tendências alcoolátras
54. confundo direita e esquerda facilmente
55. sofro de síndrome dos pés nervosos
56. Não sei lidar com meus sentimentos, por isso coloco todos no papel
57. comprei meu primeiro celular aos 18 anos, no segundo semestre de faculdade porque eu era o unico ser humano que não possuia um.
58. amo noites chuvosas, melhhoram meu sentimento de solidão.
59. tenho hábito de observar as pessoas e anotar as caracteristicas num caderno para transforma-los em personagens das minhas histórias mirabolantes depois.
60. odeio me apegar
61. Meu número da sorte é 8, mas isso não tem nada a ver com numerologia, já que na numerologia o meu numero é 1.
62. Sou do signo de câncer, e a única coisa que não me identifico com esse signo é o lance de carinhosa.
63. Em 22 anos nessa indústria vital nunca fui assaltada e espero nunca ser.
64. Já fui viciada em jogar world of warcraft e amor doce, que contraste não?
65. . Magoo-me facilmente, pode parecer que não, mas já levei muito xingamento na esportiva, enquanto houve pessoas que me magoaram profundamente com apenas uma palavra.
66. Costumo dizer que eu sou um monstro.
67. Todos os caras que se envolveram amorosamente comigo acabaram de alguma forma me odiando, por isso eu costumo fugir de relacionamentos.
68. Sempre choro ouvindo “Mentirinhas” de Chiquititas ‘-‘
69. Sou dessas que nem pegam e já se apegam;
70. Não sou forte como as pessoas pensam, choro muito, e isso me irrita em mim mesma;
71. Não sei fazer novos amigos, por favor, meus antigos amigos nunca me abandonem;
72. Já tive medo de ficar sozinha, mas hoje eu aceito esse fato. Nascemos sozinhos e vamos morrer assim;
73. Sou a “fraca” da geração com relação ao Álcool, na minha família. Aliás, eu não fico bêbada, eu dou pala!
74. Nunca comi crepe.

75. Converso sozinha. Muito. Tenho diálogos incríveis comigo mesma, e às vezes são em inglês. ;-;
76. Tenho medo de dizer “não”, ajo educadamente até quando posso, mas quando chego ao meu limite sou extremamente grossa, rude, e insensível!
77. Eu falo muito palavrão, e não importa o quanto digam que isso não é feminino eu sempre vou falar e foda-se!
78. Tenho um habito de colecionar palavras.
79. Bodybuildings: eles me assustam.
80. Faço listas de tudo: Músicas, metas, exercícios, notas, nomes próprios etc, etc, etc.
81. Tenho hábito de me isolar, e minto, minto muito quando eu quero ficar sozinha, porque eu não quero explicar porque eu gosto de ficar sozinha com minhas tristezas, então... vocês entenderam.
82. Tenho ciúmes dos meus amigos, eu não os guardaria num potinho, mas.. são MEUS! Ò.Ó tenho poucos e não estou a fim de dividi-los.
83. Sou incrivelmente positiva quando se trata dos outros, mas para mim sou realista e tudo tende a não dar certo.
84. Fui obrigada a cantar a versão em português de “moonlight” gripada, ficou ó: uma porcaria;
85. Desenho e escrevo para curar o estresse e a depressão, mas às vezes acabo piorando a situação;
86. Meu pai me coloca apelidos carinhosos exóticos. Exemplo? Pé-de-cabra, dente de laje, biglee, etc
87. Gosto de dançar, mas não tenho talento pra isso, nunca tive. Meus dois pés esquerdos não ajudam, e meu quadril duro muito menos.
88. Sou sapiossexual assumida;
89. Não tenho um tipo ideal, mas tenho um apreço imenso pelos gordinhos, barbudos, tatuados, amantes da mpb, e com sotaque forte;
90. Tenho pavor de algas marinhas, o que indica que eu não gosto muito de mar... gosto de sentar na areia e ficar olhando, mas banho nunca! Sou um tijolo de oito furos com fobia a algas marinhas. Bizarro, eu sei;
91. Não sei puxar assunto, e sempre vou acabar falando de comida. Amo comida, mas odeio meu corpo... Enfim...
92. Detesto pessoas que acham que entendem tudo, ou que acham que são inteligentes demais, ou que se acham bonitas demais... Admiro sua autoestima, mas não exagere... Para, que tá feio já!
93. Costumo escrever sobre tudo, até sobre os erros de ortografia dos caras que conversam comigo pelo whatsapp...
94. Sou cristã protestante, mas não sou cheia de beatices ou frescurites agudas. Não tenho preconceitos e respeito as opiniões alheias mesmo se elas foram contra a minha, afinal não posso falar de algo sem antes conhece-lo.
95. O único cara que eu chamo de “Amor” é Tiago, meu melhor amigo daqui até a eternidade ^^
96. Sempre escrevo “Seja Luz” em coreano(Hangul) em todos os lugares, basta eu ter uma caneta na mão.
97. Eu acho que meu primeiro amor é gay.
98. Sou extremamente sincera, não importa onde seja, ou com quem seja eu vou falar a verdade, exceto quando eu estiver com vontade de ficar sozinha, aí eu vou mentir.
99. Não gosto que me apressem ou que cobrem demais de mim, das duas uma: ou eu vou chorar feito uma manhosa ou vou mandar se foder com força;
100. Me apego facilmente.

~Thats all folks! 

Não vou me adaptar

            
             Talvez eu realmente nunca me acostume com essa geração.

Sempre  fui hibrida, sempre consegui me adaptar as constantes mudanças de tempo e espaço. Mas não a essa geração, onde todas as fotos tem um efeito do Retrica ( como se os próprios do instagram não fossem ridículos o suficiente), com garotos de 14 anos com a aparência de vinte e poucos, com as meninas de doze com a tag #ficagrandeporra,  com as fotos mostrando a língua e/ou entortando a boca, com aqueles repetidos textos de “te amo” para os duzentos  relacionamentos durante o ano.

                Nunca vou me adaptar, aquele bonezinho que não se decide se fica na cabeça ou se cai (na boa, aquilo é ridículo) aos óculos de sol espelhados, sinceramente não sei se aquilo é pra proteger os olhos ou para cegar as pessoas nas ruas.  Nunca me adaptar  aos grupos do ‘Whatsapp’ cheio de crianças narcisistas (meu celular tem mais fotografias alheias do que minhas) que se acham maduras o suficiente para encarar a realidade, mas sequer saíram do ensino médio, a vida sequer começou.

                Nunca vou me adaptar a certos contextos musicais atuais, com as pessoas que ficam zen, são poderosas, ficam de cara, pagam calcinha, ficam no camarote, vão pra dubai,  sambam nas inimigas, se a muriçoca aperreia a noite ou fazem milhões de quadradinhos, de quatro, de oito, de vinte milhões, de borboleta, pato, vaca, foca manca ou seja lá qual seja a modalidade do negócio.

                Sinceramente eu não vou me adaptar. Talvez até ature, tente respeitar, mas me adaptar acho que não. Mas vamos ver né? Quem sabe daqui há cinco ou dez anos essa geração estará escrevendo um texto como esse falando da geração após a deles.


p.s. a foto é do Luhan e do Kris porque sim ^^ estava sem fotos #calaaboca.

Amnésia


Pedi pra você ficar só mais um pouquinho, e você ficou. Mas ao invés de ser feliz eu voei, voei pra longe porque tudo em mim doía, e por mais que você tenha ficado. você não era meu.  Nossas conversas divertidas na madrugada foram se esvanecendo, procuro todas as lembranças de você cantando “Telegrama” baixinho, só pra eu ouvir.  

Lembro-me vagamente do seu toque, da sua barba rala me fazendo cócegas quando me contava qualquer lorota ao pé do meu ouvido. Procuro ainda na minha memoria, se era verdade ou mentira, que minhas mãos eram quase do tamanho das suas, e que nos encaixávamos bem.

Fecho os olhos por um instante e tento lembrar o que você tinha que me causou tanto fogo... Eu não lembro, mas o fogo continua aqui.  Virando a esquina talvez eu passe por você, mas não te reconheça mais... Aquele seu jeito cinestésico de chamar atenção, de não se importar com quem quer que nos olhe.

Embora não lembre a sua voz, lembro-me das vezes que você disse “foda-se” com os dentes trincados para tudo que não fosse eu e você.  Lembro-me vagamente do seu olhar de predador do qual eu não conseguia desviar, um olhar que fazia minha pele inflamar.

Ando perdida, sofro de amnésia parcial... Amnésia que me permite te esquecer. Permite esquecer a mim também, esquecer o que você me causou, amnésia que me permitiu apagar seu contato, seus áudios no meu celular, sua diversão. Amnésia que me permitiram esquecer as marcas que ficaram desse amor efêmero.
Eu esqueci, não lembro se foi em setembro, julho, maio ou dezembro... porque essa amnésia me permitiu me lavar da culpa de ter querido alguém que nunca foi, nem nunca será meu. Porque seja lá quem foi dos céus que o levou ou o escondeu, esqueci.
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